quinta-feira, 14 de janeiro de 2016



Com a popularização da chamada Terapia Reiki, a imposição de mãos, que parecia esquecida, exceto pela prática de métodos antigos em círculos relativamente restritos, voltou à discussão, mas o grande público conhece muito pouco sobre elas, até agora. Menos conhecidas ainda são as interações possíveis entre a imposição de mãos e a massoterapia.







 (“Mãos que curam” – arquivo) A imposição de mãos:
           transmissão de energia e magnetismo
           pelo toque das mãos, ou por sua aproximação.


A imposição de mãos é uma prática originalmente religioso-terapêutica, encontrada em muitas culturas, tanto no Ocidente, quanto no Oriente. Sua utilização tem objetivos curativos, pela transmissão de energia e magnetismo por meio do toque das mãos, ou por sua simples aproximação.

Vinda de uma época em que as terapias estavam estritamente ligadas à iniciação espiritual e à preparação para o contato com os deuses, a prática é conhecida desde a antiguidade. A manifestação mais antiga que conhecemos dessa tradicional arte de cura vem do Egito Antigo. Ao longo da História, tem sido verificada no quadro da sagração de sacerdotes cristãos, como uma transmissão de bênção, e até a Idade Média acreditava-se que os reis manifestavam poderes de cura e que curavam pela imposição de mãos. Provavelmente resquícios de tempos mais antigos, nos quais esses potentados eram também sacerdotes, e os sacerdotes frequentemente eram médicos.

 

A popularidade do Reiki

Com a modernidade, essas práticas diminuíram consideravelmente, até quase desaparecer. Fora os magnetizadores, da França dos séculos XIX e XX (alguns dos quais ainda em atividade), e dos métodos bastante originais, ensinados ainda hoje em algumas (poucas) sociedades do esoterismo tradicional, a imposição das mãos ficou à margem do mundo da informação, ou aparecia aqui e ali, ao sabor do modismo caótico da new age dos 1980s e 1990s, e em algumas práticas neo-espíritas.







(“L’imposition aux sept diacres”, de Hire Laurent, detalhe)
  A sagração sacerdotal com a  imposição de mãos




Foi mais ou menos nessa época que espalharam-se as informações a respeito do Reiki, método iniciático descoberto pelo monge japonês (ou ministro cristão, segundo outras fontes) Mikao Usui, a partir de  insights e meditações, e do antigo Kiko, que ele aperfeiçoou, para obter a sua forma de imposição de mãos.  Tão popular é o Reiki hoje em dia, e tão pouco se sabe a respeito dos métodos anteriores — inclusive ocidentais — da imposição de mãos, que quando se toca nesse assunto, o mais comum é que se pense que estamos falando do Reiki.

Já a massagem é um método terapêutico bem mais conhecido, mas supostamente nada teria a ver com a imposição de mãos. Segundo o ponto de vista mais generalizado, a imposição de mãos precisa necessariamente ser efetivada com as mãos imóveis, alternando-se aqui e ali sobre o corpo do indivíduo, com o operador fechando os olhos, em profunda concentração. Embora essa concepção de imposição de mãos seja bastante limitada, ela não deixa de ter algum fundamento, e esse fundamento indica que a massagem, conforme seja realizada, pode muito bem incluir simultaneamente a imposição de mãos, a ponto de tornar-se ela própria, imposição de mãos e massagem, também simultaneamente.

Intenção, concentração e conexão

 

Com a reformulação da antiga massagem-greco romana (provavelmente também de origem egípcia) para o seu formato “massagem sueca”, pouco ou nada se manteve da antiga atitude vibratória que marcava originalmente a sua prática. A massagem tornou-se um excelente método mecânico de terapia corporal, o que ainda lhe reconhece um status de excelência, mas  limita o seu alcance, uma vez que trai a sua vocação também energética.

No entanto, quando realizada segundo uma atitude mais profunda, a massagem revela generosamente a sua função de doadora e processadora de energias, indo além da manipulação orgânica pura e simples dos músculos e do sangue, ou até mesmo em função disto.

Explicando melhor, se utilizarmos da visão holística de nossos ancestrais, e do conceito de pneuma (para os antigos gregos, algo como o chi, dos chineses, o ki, dos japoneses, ou  o prana, dos indianos), poderíamos dizer que sangue é pneuma. O que essa expressão quer dizer não é que o sangue seja veículo para o pneuma, mas que o sangue é ele próprio pneuma condensado, tornado visível, ou congelado, para usarmos de uma expressão dos alquimistas.

 


  Os antigos egípcios já praticavam
  a imposição de mãos,  o Sekhem

Assim, quando o massoterapeuta realiza o seu trabalho sobre o sistema esquelético e sobre o conjunto sanguíneo e muscular que a ele se associa, está realizando um exercício de imposição de mãos, embora vá além disto. No entanto, para que isto aconteça, não basta conhecer as técnicas massoterápicas, nem apenas a anatomia humana. Isto pode proporcionar uma massagem realmente boa, mas que ficará aquém das reais possibilidades psicofísicas da massagem, se realizada segundo a atitude mais profunda à qual nos referimos mais acima. Essa atitude é o resultado e, ao mesmo tempo, a deflagradora, de uma tríade que deve nortear o massoterapeuta que deseja ir além do “amassamento” puro e simples: intenção,concentração e  conexão.

 

Reunindo-se esses três elementos numa atitude única, realiza o massoterapeuta um trabalho de imposição de mãos, de doação e processamento das energias, naquele que recebe a massagem, ao mesmo tempo em que trabalha sobre o sistema físico que se quer curar, segundo a orientação do médico ou do fisioterapeuta. Os resultados, evidentemente, podem ser ainda melhores do que os de uma imposição de mãos, ou de uma sessão de massagem, quando realizadas separadamente. O Ser terá sido tratado inteiramente, como a unidade psicoespiritual que ele é.

Massagem é tudo de bom - Faça massagem


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Sou Marco Antonio Coutinho, massoterapeuta formado pelo Instituto Brasileiro de Medicina de Reabilitação, IBMR (Registro Anvisa fls 40V, Livro 15.77756). Atendo no Instituto Dharma,
Copacabana. Trabalho com ênfase na massagem sueca, de origem greco-romana, por uma abordagem energética, com o apoio das terapias complementares e práticas terapêuticas manuais alternativas.

 


Local: Instituto Dharma – Copacabana, Rio de Janeiro

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